terça-feira, 15 de março de 2011

Destruidor dos Sete mares

Não sei bem como fui parar naquele lugar esquecido pelos deuses. Bom, vou começar minha historia falando um pouco de mim, se o rum que bebi até agora permitir. Sou um pirata. Um homem dos mares como costumam dizer. Não sei quem é o meu pai e a minha mãe com certeza é uma cortezã barata das vielas de Tarmih-pah, minha cidade natal. Cresci em meio a tavernas, cortesãs, ladrões e marinheiros. Homens que ganhavam a vida de enganar aos outros e tirar o que de valioso poderiam ter. Foi entre eles que aprendi o blefe, o furto, a navegar, lutar, beber e gostar de mulheres.

Com o correr dos anos integrei a embarcação de BlackBeard, usando de alguns meios não ortodoxos consegui tomar o lugar de um dos marinheiros. Sabe como é.. sempre se precisa de mão de obra barata e disponível quando um de seus marinheiros desaparece no cais, provavelmente bêbado e vomitando em cima de alguma puta. E lá estava eu. Lavando o convés do BlackBeard que futuro brilhante eu teria... utilizei o tempo que estive no barco para aprender mais com aqueles homens e então decidi que era hora de dar um passo maior, sabe como é... garantir a minha aposentadoria. E foi então que o álcool tomou conta do meu sangue e eu tive a idéia mais burra!!! De todos os tempos. Eu roubei o BlackBeard. Roubei dele um saco com algumas pedras. E fugi no cais mais próximo. Eu achava que os homens passariam tempo demais perdidos entre as cortesãs do porto de Hamask, e armei a minha mirabolante fuga. Bom.. o rum não ajudou e o primeiro lugar que entrei para me esconder foi exatamente a taverna onde eles bebiam. Tudo bem que oras, eu poderia estar apenas indo beber com eles, me deitar com alguma vadia... mas e a trouxinha nas minhas costas? Deserdor? Piratas não lidam bem com esta palavra. Derrubaram mesas, mulheres, quebraram garrafas e canecas para tentar me pegar e olha.. se sou bom com blefes, tem que ver com as pernas. Corri. Consegui me esconder entre os becos e parti clandestinamente em um dos barcos pesqueiros que saia do porto. Fugir não foi nada comparado ao cheiro de peixe podre daquele barco.

Fui parar em tantas cidades que nem lembro o nome, sempre com o fantasma de BlackBeard atrás de mim. Não sei pq ele se importa tanto com este velho saco de pedras, não consegui uma só moeda por elas. Pfff.. em minha ultima rota, acabei parando no reino das areias, uma terra ao oriente, onde o sol é escaldante e a areia parece brincar sob seus pés. Era longe o bastante dos domínios de BlackBeard e principalmente saudável para mim. Consegui um emprego de ferreiro e na mesma noite fiquei sabendo de um lugar para beber e ver belas mulheres. Fui. Um cabaret, bar, taverna, não sei como chamam isso no reino das areias.. ireen.. sim sim meu amigo é este o nome da cidade. Lá conheci uma dançarina. Bonita, atraente e cara! Eu não tinha uma moeda sequer para pagar sequer uma bebida, mas consegui convence-la a me ajudar por algumas moedas, que eu não tinha, fato, mas era um mero detalhe. Ela aceitou me mostrar um bom lugar para ficar e depois meu blefe não adiantou muito, eu não tinha como pagar e ela descobriu do jeito mais doloroso, pra mim, este pequeno detalhe.

Ela me derrubou fac.. quer dizer.. com certa dificuldade usando um tridente. UM TRIDENTE! Eu nem sabia que se usava aquilo para outra coisa senão Hades espetar suas vitimas.. levou-me tudo que eu já não tinha. Minhas poucas moedas para pagar o aluguel do lugar onde ia ficar. Acabei parando em uma enfermaria. E a sorte meu amigo, sim ela sempre gostou de mim. Me sorriu. Quando despertei da medicação, quem encontro dormindo o sono das larapias, com seu tridente dourado reluzindo no chão. Me esgueirei pela cama, peguei o tridente e a rendi> AHA! Ninguem rouba Kihael o pirata. Peguei de volta minhas moedas e a levei como escrava. Tinha a intenção de vende-la em um dos leilões que ocorrem na praça principal. Ate a chegada da noite.. e.. descobrir que ela possuía mais atrativos que eu poderia utilizar com demasiada freqüência....

Eu a tomei aquela noite, a abri.. e por Poseidon!!!!!! Foi a sensação mais deliciosamente estranha que eu já senti. Nunca havia sentido tanto calor entre as pernas de uma mulher.. era.. escaldante..e a voz dela enquanto gemia... era.. entorpecedora e hipnotizante.. não sei explicar.. nem sei ao certo.. Preciso beber mais um pouco para ter a certeza de que não foi um fantasma dos infernos que veio brincar comigo. Mas depois desta noite, decidi que não vou vende-la.. talvez até possa aluga-la vez ou outra... sabe que é algo a se pensar!?

Kihael, o Pirata.

Nenhum comentário:

Postar um comentário